Dieta flexível: será que funciona pra você?

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De uns anos pra cá ouviu-se muito falar na tal dieta flexível que tem como princípio básico ser uma alimentação mais “livre”, como o próprio nome diz, com maior flexibilidade.

Onde se poderia incluir na dieta alimentos considerados “não saudáveis” (como sorvete, pizzas, chocolates, lanches) tirando aquele estigma de “sofrimento” ou “restrição” que as pessoas encaram, onde pra ter resultados você precisaria tirar todos os alimentos que gosta, principalmente para quem visa emagrecimento.

Essa estratégia ficou muito popular pois o consumo de alimentos mais palatáveis e gostosos faz com que as pessoas tenham mais adesão e encarem o processo de dieta de forma mais prazerosa.

A idéia da dieta flexível consiste principalmente no balanço de calorias consumidas x a necessidade de calorias do individuo, onde se você tiver um déficit de calorias diárias você terá sim uma redução da gordura corporal, independente da qualidade e da fonte das calorias consumidas desde que haja um ajuste de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos).

Exemplificando de maneira simples, Imagine que um indivíduo tem uma necessidade de 2500kcal diárias para manter seu peso. Se ele consumir 2000kcal mesmo que nesse consumo tenha alimentos como doces, lanches, pizza ele conseguirá emagrecer pois conseguiu 500kcal de déficit diário. E é desse déficit que seu corpo começará a utilizar seu estoque de gordura como fonte de energia e a longo prazo você emagrecerá.

Assim como a liberdade de comer o que gosta pode ser um incentivo, também pode ser um impedimento para as pessoas emagrecerem. Pois muitas extrapolam e se esquecem que a qualidade dos alimentos deve sim ser priorizadas. Alimentos nutritivos como Frutas, grãos, cereais, legumes e verduras devem ser a base da alimentação. Costumo dizer na prática clínica que 80% da sua alimentação deve ser focada nesses alimentos, dai os 20% restantes podemos abrir uma flexibilidade maior.

Como nem tudo na nutrição se resume a calorias, o consumo exagerado de alimentos ricos em açúcar, gorduras trans e sódio podem contribuir para uma piora do quadro de saúde aumentando perfil lipídico, potencializando um quadro de disbiose intestinal além de possivelmente elevar marcadores inflamatórios, por isso o bom senso sempre deve ser priorizado.

Outros 2 pontos importante a se falar, é que esses tipos de alimentos são pobre em fibras, o que trará menos saciedade e consequentemente induzirá a pessoa a ter mais fome durante o dia.

Fora o fato de que possuem densidade energética alta (em uma pequena porção concentram altíssima quantidade de calorias). Dando o exemplo de uma barra de chocolate de 100g, onde temos aproximadamente 550 calorias. Se transferíssemos isso pra um prato de arroz, feijão, vegetais e proteína conseguiríamos concentrar um volume muito maior de comida correspondendo a esse mesmo número de calorias. Qual opção você acha que sacia mais? Portanto nem sempre priorizar o consumo desses alimentos será a opção mais inteligente pra quem visa emagrecer.